2 de dezembro de 2024
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Justiça confisca quatro imóveis e oito veículos de Sueli Feitosa e família

A ex-tesoureira da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, Sueli de Fátima Feitosa e familiares, presos na tarde de terça-feira (19) pela polícia de Santa Cruz do Rio Pardo tiveram bens penhorados pela justiça para ressarcir parte do prejuízo calculado em R$ 11 milhões acumulado durante 14 anos de desvio de dinheiro dos cofre públicos. Entre os bens estão uma chácara e residências de luxo, além de veículos, entre eles caminhões e caminhonete. A Justiça também determinou o confisco de joias e dinheiro da família Feitosa. (Veja relação abaixo)

Sueli Feitosa foi presa em sua residência, no bairro Braúna, na tarde desta terça-feira (19) pela Polícia Civil. Ela foi condenada, em primeira instância, em fevereiro de 2022, a 21 anos de prisão em regime fechado pelo crime de peculato. Sueli é acusada de ter feito desvios milionários dos cofres da administração municipal. Ela aguardava recurso em liberdade e agora vai cumprir a pena de fato.

Segundo a Justiça, Sueli Feitosa desviou verba da prefeitura por 2.291 vezes, em valores que somaram R$ 3,76 milhões, cifra que atualizada até a data de denúncia representa uma valor de R$ 11 milhões.

Na época, sentença também condenou parentes de Sueli: o cunhado Adilson Gomes de Souza e a irmã Camila Pereira Sacramento de Souza receberam penas de 10 anos de reclusão cada um; a mãe, Maria da Conceição Pereira Feitosa, foi condenada a sete anos de prisão em regime semiaberto. As mulheres devem ser encaminhadas à cadeia feminina de Pirajuí, enquanto Adilson, para Cerqueira Cesar, a mais próxima de Santa Cruz. Outro cunhado, Pedro Donizete e as irmãs Aparecida e Silvia Feitosa foram condenados a 4 anos de reclusão em regime aberto com penas restritivas de direito.

O juiz Pedro de Castro e Sousa, da Vara Criminal de Santa Cruz do Rio Pardo, também determinou a perda de todos os bens que a família de Sueli Feitosa adquiriu no período entre 2002 e 2016. Entre os bens estão imóveis em bairros nobres, veículos e uma chácara. Veja abaixo:

VEÍCULOS:
Caminhonete Toyota Hilux, placa ASE8193
Reboque R/Federal LG, placa FHL7670
FIAT/Strada, placa ENR6790
Caminhão Mercedes Benz Atego 2426, placa FDZ6807
Caminhão Mercedes Benz Atego 1719, placa FNH4595
Caminhão Mercedes Benz Atego 2430, placa FOP3630 (sinistrado e substituído pelo montante de R$ 191.844,26 depositado nos autos pela seguradora)
FIAT/Siena, placa FVC8560
GM/Spin, placa GAL1665

IMÓVEIS:
Residência na Rua das Bauhinias, 202, Residencial Braúna (Matrícula 26.092)
Casa na Rua José Ortega Simão, 57, Vila São Judas Tadeu (Matrícula 35.594)
Imóvel na Rua dos Ipês, 212, Residencial Braúna (Matrícula 24.942)
Chácara “Mãe Rainha”, situada no bairro Água Azul/Bairro da Onça (Matrícula 2.477)

ENTENDA
A denúncia do Ministério Público foi ajuizada em abril de 2020, quase cinco anos depois de os desvios terem sido descoberto, no fim de 2016.

Sueli chegou a ser presa por cinco meses, mas deixou a penitenciária após conseguir um habeas corpus. Na época, a prefeitura também decidiu exonerar a servidora. O cunhado de Sueli também chegou a ser preso.

Segundo o MP, Sueli era a responsável pela conciliação bancária das contas mais movimentadas do município.

Com isso, a denúncia informou que ela inseria no sistema da administração pública os valores que deveriam ter sido depositados no banco. Ela foi denunciada pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Além dela, o Ministério Público denunciou parentes da ex-servidora por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a investigação, eles compraram imóveis e veículos e eram sócios de empresa que foi aberta com o dinheiro desviado da prefeitura.

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