Após uma semana, produtores rurais de Santa Cruz ainda aguardam decreto de emergência
Os produtores rurais de Santa Cruz do Rio Pardo ainda aguardam uma resposta da Prefeitura de Santa Cruz sobre o decreto emergencial que solicitam para facilitar acordos de negociação de dívidas em decorrência da quebra da safra. Há uma semana o Sindicato Rural enviou um ofício ao prefeito Diego Singolani pedindo Situação de Emergência para que os produtores afetados pelas perdas na safra da soja possam ter acesso a amparos governamentais específicos para o setor. Estima-se que o prejuízo com a quebra da safra em Santa Cruz do Rio Pardo seja de R$ 138,8 milhões.
O ofício do Sindicato Rural foi enviado dia 14 de fevereiro ao prefeito. O documento traz dados alarmantes relacionados à safra verão 2023/2024, especificamente da soja, que foi afetada pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas que chegaram a 40°C, “acarretando perdas irreversíveis.”
Santa Cruz, na safra verão, tinha área de plantio de soja estimada em 40 mil hectares. Segundo o documento, a previsão de colheita girava na média de 61,98 sacas por hectare, totalizando 2.479.200 sacas. Algumas áreas de plantio tiveram perda total. Em outras a produção média foi de 28,92 sacas por hectare, com o total colhido de 1.322.400 sacas por hectare, uma queda de 46% em relação ao previsto.
“(…) O prejuízo estimado de R$ 138.852.000 de recursos que não chegarão aos produtores e, consequentemente, não circularão no município. (…) gerarão efeito catastrófico na economia local, ocasionando problemas em toda a cadeia produtiva, onde citamos diretamente o comércio local, empresas de máquinas e insumos, e baixa arrecadação de impostos”, diz trecho do ofício enviado ao prefeito e assinado por Antônio Consalter, presidente do Sindicato Rural.
Leia a íntegra do documento: