Rapozo Castilho – Sobre pontes, lixos, ex e outras
Pô, lá vem textão?
Em Santápolis o óbvio é negado. Pura birra de quem boicota o desenvolvimento. Da mesma estirpe dos que, há quase 70 anos, não se esforçaram muito para a Unesp se instalar aqui. Perdemos para Assis, mas isso é outra história que o casal Sato Prado pode confirmar, ou arquivar na pasta das lendas. Não podemos mais perder bondes da história. O fato é que tem que ser desonesto para negar que o trânsito na cidade é um caos. Estudos do Plano de Mobilidade 2023 mostram a necessidade de intervenções urgentes. Um anel viário circundando a cidade seria ideal, mas caríssimo, fora de realidade. O primeiro passo, ou melhor, a primeira etapa de uma anel viário, seria a ligação entre a região do Pacaembu e a rodovia Ipaussu-Bauru nas proximidades do posto Beira Rio. E a ponte, que tanta celeuma levantou, é o mínimo dos problemas. Terá, se muito, 200 metros de extensão. A maior parte do projeto engloba uma avenida de mais ou menos 2 Km com asfalto, calçada e iluminação. São R$ 30 milhões. Investimento factível e pagável. Banco não empresta para quem não consegue arcar com as prestações, há garantias. Centenas de Prefeituras firmam acordos com o BB ou a Caixa para investimentos em infraestrutura, mas em Santápolis há quem prefira a contramão do desenvolvimento. Negacionistas, né? Sabemos quem são e quantos morreram pelo ceticismo na ciência. Um bando de cavalo em cima do telhado.
Ma che spazzatura!! ?
Crise do lixo não é novidade. Nem em Santápolis, nem no mundo. Ourinhos, cidade que faz parte da grande Santápolis, anos atrás já deixou lixo nas ruas. Terceirizaram a coleta. Deu B.O. MP de lá já denunciou os responsáveis. Em Santápolis ocorreu algo parecido. Também terceirizaram. De supetão. Deu até multa. Diz que vai pagar à vista. Lixo. Máfia italiana fez Nápoles afundar em lixo nos anos 90. Não que lixo seja coisa de máfia. Longe disso. Mas enfim, problema que tem que ser resolvido rápido. O povo tem razão ao reclamar. Enquanto não se resolve, falta à Prefeitura comunicar. Onde vai passar, que horas, em quais dias?
Radar é melhor que lombada
Amigo meu que passa todo dia pela avenida Esther Amaral Santana: “rapaz, Didi faz galeria e depois põe asfalto, não deixa um buraco pelo caminho.” (Mas não fala pra ninguém, se não ele instala lombadas).
Ex só dá trabalho
Não tem melhor fonte no jornalismo do que ex. Geralmente contrariados pela separação saem dizendo bobagens, inventando fatos para tentar prejudicar, ou manchar a reputação de quem já foi parceiro. Ex que fala bem de ex só existe nas artes. E em alguns casos.
Em pleno sec. XXI
E o que tem de gente passando vergonha, gostando de ser enganada e compartilhando adiante a desinformação? Me lembra Umberto Eco profetizando sobre os idiotas da aldeia. Comentava esses dias, difícil combater as fakes quando o discernimento vai embora. As pessoas estão perdendo a matutice de desconfiar de tudo. Antes de estufar o peito e sair falando besteira por aí, veja se a informação tem lastro.
E o blog, heim?
Já estava deixando passar o entrevero da semana. Vereador chamou jornal da cidade de “blog de papel”. Dono da publicação “pegou ar”. Mas convenhamos, jornal de verdade morreu recentemente junto com seu editor.
“Se a vida lhe negar um sonho seja forte o suficiente para lhe negar uma lágrima”
(Vito Corleone)
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