Prefeitura decreta situação de emergência pelos prejuízos na quebra de safras em Santa Cruz
Calor escaldante aliado às chuvas abaixo do normal registrados no verão passado causou quebra de safra em diversas regiões do Estado de São Paulo. Em Santa Cruz, segundo estimativas do Sindicato Rural, as perdas geraram prejuízos de R$ 138,8 milhões. O fato levou a entidade a solicitar em fevereiro deste ano uma ação do município para auxiliar os produtores rurais.
Após encontro em São Paulo, na Secretaria de Estado da Agricultura e estudos da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) ressaltando os prejuízos nas culturas de milho, soja e amendoim, a Prefeitura de Santa Cruz decretou Situação de Emergência. O documento foi publicado dia 30 de março no Semanário Oficial do Município. (veja aqui)
A partir de agora os produtores rurais afetados pelas perdas na safra terão respaldo para renegociar dívidas, com liberação de recursos para capital de giro ou amparos governamentais específicos para o setor.
Documento elaborado pelo Sindicato Rural traz dados alarmantes relacionados à safra verão 2023/2024, especificamente da soja, que foi afetada pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas que chegaram a 40°C, “acarretando perdas irreversíveis.”
Santa Cruz, na safra verão, tinha área de plantio de soja estimada em 40 mil hectares. Segundo o documento, a previsão de colheita girava na média de 61,98 sacas por hectare, totalizando 2.479.200 sacas. Algumas áreas de plantio tiveram perda total. Em outras a produção média foi de 28,92 sacas por hectare, com o total colhido de 1.322.400 sacas por hectare, uma queda de 46% em relação ao previsto.
“(…) O prejuízo estimado de R$ 138.852.000 de recursos que não chegarão aos produtores e, consequentemente, não circularão no município. (…) gerarão efeito catastrófico na economia local, ocasionando problemas em toda a cadeia produtiva, onde citamos diretamente o comércio local, empresas de máquinas e insumos, e baixa arrecadação de impostos”, diz trecho do documento.