Santa Cruz bate novo recorde e tem mais dengue que sete cidades da região juntas

Pelo terceiro ano consecutivo Santa Cruz do Rio Pardo bateu recorde de casos de dengue, com mais registros do que sete cidade da região juntas. Até a manhã desta sexta-feira (16), o painel da dengue da Secretaria de Saúde do Estado registrava 2.687 casos positivos de dengue no município, com duas mortes confirmadas, uma sob investigação e 3 pacientes em estado grave. A segunda morte foi confirmada na quinta-feira (27). Trata-se de uma mulher de 79 anos que faleceu em Bauru dia 5 de abril.

Em todo o ano passado, Santa Cruz registrou 2.391 pessoas com a doença. O crescimento é de 12,3% e o ano nem acabou. Se levarmos em conta janeiro a dezembro de 2022, quando apenas 1.874 casos foram confirmados, a alta é de 43%.

O balanço da Secretaria de Estado da Saúde pode ser consultado AQUI. Os dados do painel da dengue do Estado de São Paulo podem ser consultados AQUI.

Atualmente, Santa Cruz do Rio Pardo tem mais casos que Canitar, Chavantes, Bernardino de Campos, São Pedro do Turvo, Espírito Santo do Turvo, Salto Grande e Ipaussu, cidades que juntas, possuem quase 66 mil habitantes e apenas 1.900 casos da doença, sem nenhuma morte confirmada. Ourinhos, com mais de 114 mil habitantes, tem apenas uma morte confirmada e registra 3.616 casos, ou 929 a mais que Santa Cruz. 

Levantamento da Secretaria do Estado da Saúde revela que, em 2023, Santa Cruz do Rio Pardo registrou 2.391 casos de dengue contra 1.847 confirmados em 2022, uma alta de 27% no período. Os dados de 2023 mostram também que Santa Cruz superou Ourinhos, que notificou 1.773 casos ao longo do ano passado. Marília, com 240 mil habitantes registrou 3.810 casos de dengue. 

A escalada da dengue em 2024 em Santa Cruz do Rio Pardo começou na quinta-feira, 25 de janeiro, quando os primeiros cinco casos positivos foram divulgados. Depois disso a situação degringolou. Os números explodiram e as ações de controle e combate tomadas pela administração pública se mostraram ineficientes. Foram nebulizações esporádicas em alguns bairros, apenas um mutirão da limpeza e poucas informações a respeito da doença para a população.