Citricultura do Estado de São Paulo mantém liderança mundial: US$ 2 bi por ano
Maior produtor e exportador do mundo. Esse é o status da citricultura paulista, que neste sábado (08), comemora o Dia do Citricultor. A data foi estabelecida em 1969 para relembrar a importância desse profissional para o agro brasileiro.
Vale destacar que, é das mãos dessa atividade que passam as mais de 10,6 milhões de toneladas de laranja e 1,2 milhão de toneladas de limão colhidos por ano no Estado de São Paulo, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O setor paulista de citricultura exporta, em receita, cerca de US$ 2 bilhões por ano, e movimenta um mercado de mais de US$ 15 bilhões. Só no Estado de São Paulo são 9.600 propriedades, com 460 mil hectares destinados às lavouras citrícolas, que geram 200 mil empregos, segundo dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
Para manter este cenário na cadeia produtiva de citros, o governo de São Paulo lançou, esta semana, mais uma medida de apoio à citricultura no Estado: o Projeto FEAP “Combate ao Greening”. Por meio da linha de crédito do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), a ação tem como objetivo apoiar os produtores de citros na adoção de medidas preventivas e de controle, para conter a disseminação da doença que afeta os pomares.
“Os custos associados à implementação de práticas agrícolas sustentáveis, como o uso de inseticidas específicos e a renovação de pomares afetados, são elevados e muitas vezes inacessíveis para pequenos e médios produtores. Com a disponibilização da linha, SP sai na frente no enfrentamento da praga, maior ameaça à produção de citros”, revela Guilherme Piai, secretário de Agricultura.
E as ações em prol do setor não param por aí, em novembro de 2023, foi oficializado por meio de decreto assinado pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, o Comitê de Combate ao Greening, que reúne cinco secretarias da gestão estadual, além de produtores e representantes do setor da citricultura para propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.
Ainda, por meio do Instituto Biológico (IB-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Estado busca novas formas para o controle do psilídeo, inseto transmissor do greening. A estratégia do IB é utilizar inimigos naturais do psilídeo para seu enfrentamento, a técnica de controle biológico promove o equilíbrio entre as pragas e seus inimigos naturais, o que reduz ou até mesmo suprime o uso de defensivos agrícolas nas lavouras e fornece mais opções para as ações de manejo dos citricultores brasileiros.
Já a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), desenvolve ações sanitárias e de fiscalização. A legislação em vigor estabelece medidas de defesa sanitária vegetal para coibir o comércio ambulante de mudas em São Paulo, em decorrência dos graves danos econômicos às lavouras e pomares comerciais que a prática gera. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária ainda conduziu trabalhos de educação sanitária a fim de orientar produtores em diversas regiões. Vale destacar que em 2023, mais de 9 mil mudas foram retiradas de circulação.
A CDA lançou também um canal direto para que a população, especialmente os produtores rurais, denunciem pomares de citros abandonados ou mal manejados no Estado. A existência desse tipo de pomar, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri), que é o vetor do greening, ou sem erradicação de plantas até oito anos contaminadas com a doença, é problemática para a citricultura, uma vez que atua como fonte de contaminação.
Segundo o secretário de Agricultura, trata-se de um período sensível para a citricultura, sob a ameaça do greening, e que todos os esforços estão focados em amparar o produtores rurais. “Portanto, temos que parabenizar os citricultores pelo empenho e dedicação por este setor tão importante para o Estado de São Paulo”, ressalta Guilherme Piai.
Da Secretaria de Estado da Agricutura