Qualidade do asfalto e coleta do lixo são debatidos em sessão da Câmara
Sessão da Câmara de segunda-feira (30) foi marcada por intervenções de vereadores para debater a qualidade do asfalto que foi empregado em algumas vias do município e também para lamentar o serviço de coleta de lixo.
A discussão sobre o asfalto começou na apresentação do projeto de Lei 153, de autoria do vereador Juninho Souza (União BR), que dispõe sobre a obrigatoriedade de se utilizar no município o método de pavimentação a quente. Segundo o vereador, o asfalto a frio utilizado nos últimos tempos compromete a durabilidade do pavimento.
“Vários problemas do asfalto a frio. A durabilidade é menor que o a quente. A prefeitura gasta milhões e a primeira chuva leva todo o serviço. Na Estrada Boiadeira mais de R$ 1 milhão foi gasto e após cinco meses já está todo estourado. O asfalto tem que ter durabilidade mínina de 5 anos. É dinheiro do povo jogado pelo ralo. Quando coloca asfalto para cinco anos dura cinco meses. Asfalto que não tem durabilidade. No meu projeto, quero que todo asfalto seja a quente para ter durabilidade bem maior que está”, declarou Juninho Souza.
Ao longo do mês de setembro o vereador fez vídeos mostrando ruas e avenidas que apresentam rachaduras e asfalto solto. Além da Estrada Boiadeira ele relatou problemas na rua Olavo Madureira, prolongamento da rua Jesus Gonçalves, na Estação, entre outras.
A qualidade do asfalto foi defendida pelo vereador Cristiano Miranda (Republicanos). Ele disse ainda que a Codesan irá recuperar trechos de asfalto que foram comprometidos.
“A Estrada Boiadeira foi indicação nossa atendida pelo prefeito Diego. Era poeira e veículos encalhando. Foi aplicado asfalto a frio, da Codesan, assim como foi feito na Graminha, a frio, e outros 50 lugares que a Codesan trabalhou, Pode dar problema, sim. O mesmo que o asfalto a quente. A durabilidade é a mesma para ambos O que manda e a base bem feira. A Codesan vai consertar”, declarou.
LIXO
Durante a leitura dos requerimentos foi aprovada por unanimidade uma Moção de Repúdio contra a empresa de coleta de lixo em Santa Cruz. O vereador Juninho, autor do texto, alega que a empresa vem prestando serviços precários, colecionando inúmeras reclamações da população. O vereador Niltinho Fernandes (PSD) questionou o motivo de apenas um coletor e motorista trabalharem na coleta. A vereadora Mariana Fernandes (MDB) também mostrou solidariedade à moção.
“Fui coletor de lixo por muito tempo, sei como é difícil, é sol, é chuva correndo atrás de caminhão. Hoje vejo o sofrimento que os meninos têm passado. Caminhão quebrado, coleta comprometida. Quando acumula o lixo, eles trabalham dobrado, até tarde da noite. Sei a dificuldade, por isso a moção de repúdio mais uma vez contra essa firma”, disse Juninho em plenário.
Na semana passada, população de Caporanga reclamou do atraso na coleta. O caminhão que deveria ter passado nas ruas no período da manhã, só coletou o lixo à noite.
“Vejo o quanto é difícil. Era pra ser três coletores e um caminhão. Tem um motorista e um coletor. Pude presenciar a dificuldade desses meninos. Um menino correndo atrás de caminhão levantando sacos e sacos de lixo naquele sol quente de 40 graus. Fica aqui minha gratidão e minha solidariedade a todos os coletores da cidade”, informou Niltinho Fernandes.