19 de setembro de 2024
OpiniãoZ2

Dr. João Ferreira – Religião Política

Estamos a cerca de dois meses e meio das eleições e a disputa política caminha pelos subterrâneos, pois a campanha eleitoral ainda não está liberada pela lei. É claro que há propaganda política escamoteada, mas, a rigor, ela está proibida até o dia 15 de agosto de 2024.

Ocorre que a eleição não é a coisa mais importante de 2024. Nem de 2026 ou de 2028.
Infelizmente, há 200 anos estamos sendo transformados em animais políticos, trabalhando e buscando as escolhas políticas ao invés de realizar algo mais digno.

A política é uma nota de rodapé na existência humana. Isto realmente não importa.
Para alguns, porém, é o sonho da vida, como se a vida se resumisse à política. “Meu sonho é ser vereador/prefeito/deputado. Seu sonho deveria ser buscar a santidade, cristão!

Há quem agrida e ofenda por política. Há quem mate por política, como vimos no episódio absurdo deste sábado, na tentativa de assassinado do candidato à presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Eu prefiro relegar a política para um território periférico das minhas preocupações diárias. Fulano venceu? Beltrano perdeu? O problema não é meu.

Mas você tem que se preocupar com a política, os próximos quatro anos serão governados pela corrente política A (ou B), exclamam alguns. Isto não deveria ocupar 1/10 do nosso tempo.

Tenho olhos na minha família, na minha esposa, no meu filho. E na salvação pessoal e dos meus. A política é secundária. Ou nem isso.

Como exemplo, não vou à casa de terceiros para tocar a campainha e fazer troça do resultado eleitoral e tampouco soltar rojões (nestes tempos, menos ainda) no entorno das residências alheias. Tais baixezas, deixo para os fanáticos e seres moralmente inferiores da existência.

Pretendo deixar minhas contribuições terrenas no campo do Direito e nos exemplos de vida (apesar dos pecados praticados – todos públicos -, como qualquer pessoa, inclusive na política – e foram muitos). Tento melhorar.

A eleição municipal de 2024 é detalhe pífio da nossa caminhada. Não importa quem ganhe. Cada um terá que arcar com a soma dos próprios atos e prestar contas para Alguém superior. Não faço disso um objetivo principal. E desprezo quem o faça. Torço e rogo para que mudem a percepção sobre a (des)importância da política.

Ganha quem for o melhor pai/mãe, o melhor esposo(a), o melhor filho(a) e quem age sem trapaças.

A política não deve se tornar uma religião. Sejam maiores do que isso.

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