19 de setembro de 2024
OpiniãoZ2

Dr. João Ferreira – A Codesan e o lixo

A atual autarquia CODESAN (Companhia de Desenvolvimento Santa-cruzense) surgiu, nos moldes atuais (em parte), com a Lei nº 1.149/89, depois de ter sido criada pela Lei nº 713/76.  Dentre as suas atividades, consta a realização de obras municipais.

Em 2004, a referida “empresa” foi autorizada a “explorar as atividades de coleta de resíduos sólidos domiciliares (lixo domiciliar)” por meio da Lei nº 2.051/04, visando regularizar uma situação que já vinha sendo executada na prática.

Durante décadas, a CODESAN foi maltratada pelos administradores públicos e seus trabalhadores passaram por apuros, como o não pagamento de cestas básicas e a falta de depósito do FGTS. A entidade estatal ainda foi vitimada por dezenas de protestos e dívidas, sempre arcando com o desleixo de alguns dos seus gestores.

Conforme notícia do jornal Debate, a “empresa” tinha, no início da década de 2000, dívidas de R$ 1.406.216,66 do período de 1997 a 1999, referente a PIS, COFINS e imposto de renda, e quase R$ 1 milhão de débitos com o INSS.

Na década de 2010, a “empresa” foi obrigada a dispensar dezenas de trabalhadores porque perdeu uma licitação para a coleta de lixo, depois de denúncias feitas por um então vereador (tenho prints), o que gerou algumas “tomadas de contas” e decisões pela irregularidade de contratações diretas com a Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo.

Desde então, a coleta de lixo vem sofrendo com a execução irregular por empresas aparentemente desidiosas com o serviço público. Porém, vale destacar que tudo começou muito antes, com o denuncismo de correligionários de políticos, cujo resultado acabou caindo no colo destes e prejudicando dezenas de famílias.

As irregularidades de antes poderiam ter sido tratadas de forma mais profissional, sem politicagens, para salvar a “empresa” e seus trabalhadores, bem como o próprio serviço público municipal, sempre dentro da legalidade.

Infelizmente, a “empresa” (hoje, uma autarquia) ainda continua sendo objeto de tramas por politiqueiros, como se houvesse uma solução mágica para retomar o que antes era uma realidade que eles próprios destruíram. Ao invés de ajudarem a cidade, os maus políticos destruíram uma alternativa e colocaram diversos empregados no olho da rua.

Agora, não adianta chorar sobre o lixo derramado.

Absurdas
O ex-prefeito Otacílio Parras (PL e ex-PT e outros) manifestou seu descontentamento com a audiência pública destinada a debater a nova ponte sobre o Rio Pardo. Em entrevista à emissora Band FM, Otacílio disse que o evento foi mal organizado e teve regras absurdas.

Foi?
“A primeira iniciativa foi na nossa administração”, disse o ex-prefeito Otacílio Parras (PL e ex-PT e outros) à Band FM sobre uma nova ponte sobre o Rio Pardo. Contudo, o Plano Diretor de Santa Cruz do Rio Pardo já tratava disto (art. 95, inc. III) e o assunto já foi abordado em governo anterior. Otacílio, porém, confessou que não foi feito um estudo para a ponte: “não chegou a ser feito”, disse.

Rua?
Indagado na entrevista à Band FM sobre se o secretário municipal de Turismo, Gerson Garcia, permaneceria em seu governo em caso de vitória nas urnas, o ex-prefeito Otacílio Parras (atual PL e ex-PT e outros) deu uma bela alfinetada no comissionado.

Vai ter que ralar
Pelo visto, Gerson Garcia terá que trabalhar bastante na campanha eleitoral para que o prefeito Diego (PSD) vença a disputa majoritária e ele possa continuar com seus R$ 9.619,89 mensais como secretário municipal…

12 anos
Gerson Garcia já ocupa cargo público em comissão na administração municipal há 12 anos.

Lucro
Em 2012, Gerson Garcia disse na rede social Facebook: “o que vim pra mim é lucro”. Tenho print.

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