10 de novembro de 2024
Agro

Secretaria anuncia nova edição do concurso para eleger melhores cafés do Estado

A Secretária e Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lançou sexta-feira (24) a 23ª edição do Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo, no Instituto Biológico, na capital paulista.

A iniciativa visa premiar os dez melhores cafés do Estado em cinco categorias diferentes, valorizando a excelência do grão paulista, tão tradicional e importante na formação econômica, social e cultural de São Paulo e hoje, está em expansão impulsionado por bebidas premiadas internacionalmente.

“O conjunto dos melhores cafés do Brasil está no Estado de São Paulo. Por isso, o Concurso Estadual é essencial para divulgar e valorizar esses produtores que há décadas, às vezes até seculares, produzem os nossos cafés”, destacou o secretário executivo de Agricultura e Abastecimento, Edson Fernandes.

O café é a segunda bebida mais consumida no Brasil, ficando atrás somente da água, de acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC). Segundo a pesquisa, os brasileiros tomam em média de 3 a 4 xícaras de café por dia.

Com condições climáticas adequadas para a cafeicultura, o Brasil é o principal produtor e o segundo maior consumidor do mundo. São Paulo é o 3º estado que mais produz café no país, com 5,4 milhões de sacas beneficiadas, representando um crescimento de 7,4% em relação a 2023, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Foi a economia cafeeira que fundou São Paulo como metrópole. Entre o final do século XIX e início do XX, o grão foi o principal motor econômico nacional, na época conhecida como “Ciclo do Café”. A partir do cultivo e da comercialização da commodity, a cidade estabeleceu indústrias, diversificou sua economia e formou um grande mercado consumidor e de mão de obra, atingindo o protagonismo econômico e político nacional.

Assim, expandiu a malha ferroviária para escoar o produto, abriu bancos e criou novas cidades no interior do Estado, transformando a capital paulista no ponto de negociação no Brasil e no mundo.

“O Instituto Biológico, essa referência em pesquisa para São Paulo, para o Brasil e para o mundo, foi criado para estudar as pragas que atacavam os cafezais, possuindo fundamental importância na história do agronegócio. Em 2027, iremos realizar ações de restauração e modernização, com foco em pesquisa e inovação para os próximos 100 anos. Será um presente para toda a sociedade”, revelou Edson Fernandes.

No Concurso do Café, a assistência ao produtor também é estimulada, informando e capacitando as melhores práticas para o produtor. “Os nossos testes começaram a orientar os produtores, que passaram a refinar os processos de produção com o objetivo de participar e pontuar melhor no concurso”, afirmou Ricardo Pereira, coordenador da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).

O Concurso do Café é promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento por meio por meio da CATI e da Apta Regional, do IAC-Apta, IB-Apta e ITAL-Apta, além da Câmara Setorial do Café, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag).

Na edição anterior, foram mais de 320 amostras analisadas. Para 2024, a expectativa é que o número cresça ainda mais. Utilizando os dados dos participantes, será possível encontrar a localização geográfica dos terroirs de café do Estado, mapeando e reconhecendo as características de cada produtor.

Para participar do concurso, os produtores podem entregar amostras até 11 de outubro nas Casas da Agricultura, da SAA, e as cinco categorias participantes são:

Coffea arábica – Convencional, preparados por via seca (café natural);

Coffea arábica – Convencional, preparado por via úmida (café cereja descascado e/ou despolpado);

Coffea arábica – Convencional, preparados via fermentação induzida (café fermentado);

Coffea arábica – Orgânico, independente da via processamento;

Coffea canephora – independente da via de processamento.

O Concurso do Café é promovido pela Secretaria de Agricultura, por meio da CATI e da Apta Regional, do IAC-Apta, IB-Apta e ITAL-Apta, além da Câmara Setorial do Café, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag).

 

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