23 de novembro de 2024
PolíticaZ2

Pontes são soluções para sanar problema do trânsito apontado em Plano de Mobilidade




O Plano de Mobilidade Urbana 2023, que pode ser acessado no Semanário Oficial do Município do dia 8 de abril de 2023, aponta a falta de conexões entre os bairros, causada pela descontinuidade da malha viária, como o principal problema de mobilidade de Santa Cruz. Essa descontinuidade advém das barreiras urbanas naturais, como ribeirões e matas, ou edificadas, como construções e residências.

No dia 20 de março deste ano, a Prefeitura de Santa Cruz anunciou a intenção de construir duas vias de ligação entre bairros. Trata-se de um projeto que, se sair do papel, pode aliviar o trânsito na região central e nos altos da Estação. Com investimento de cerca de R$ 30 milhões a proposta é construir duas novas pontes e vias de circulação de veículos. O projeto está em tramitação na Câmara e o texto deve ser debatido em audiência pública no final do mês de maio, em data a ser definida.

A principal obra pretende ligar a região da Chácara Peixe e Joaquim Paulino com o Pacaembu, São João e altos da Estação. O projeto traça uma avenida com cerca de 2Km de extensão, incluindo uma ponte sobre o rio Pardo, que parte do final da avenida Carlos Rios, no entroncamento com a rodovia SP-225, passando por áreas rurais até o rio Pardo, terminando ao lado da Cerealista Sefert.

Outra obra prevê a continuidade da rua Catarina Etsuco Umezu até a rua Matias Ban, cortando o terreno do antigo curtume com uma ponte sobre o Ribeirão São Domingos. São aproximadamente 200 metros de via com uma ponte sobre o ribeirão São Domingos que vai ligar o centro da cidade com a região do Santana, Brasília e Vila Matias.

ANEL VIÁRIO
Outra solução apontada pelo Plano de Mobilidade para aliviar a circulação de veículos no município é a criação de um anel viário conectando todas as zonas urbanas de Santa Cruz. Segundo os estudos, o dispositivo margearia toda a cidade, partindo do entroncamento da SP-255 com a SP-374 (próximo ao Posto Kafé), seguindo até o trevo do Posto Beira Rio. Na sequência entraria na zona rural passando o rio Pardo sentido Cerealista Sefert (mesmo trecho anunciado pela Prefeitura recentemente). Então seguiria ao Parque das Nações e, em outra zona rural, passaria atrás do Distrito Industrial, margeando a SP-374 até o entroncamento da SP-294.

A obra contemplaria serie de melhorias como paisagismo e sistema de iluminação, passeios públicos mais largos, transposição de rio, ribeirão e riachos por passarelas sustentáveis, além de criar espaços para comércio e serviços. O projeto defende ainda uma rede de ciclovias implantadas em denominadas “vias verdes”, com árvores e jardinagem, privilegiando a mobilidade alternativa, um verdadeiro paraíso para pedestres e ciclistas.

CAOS
A cada ano, a quantidade de novos veículos que passa a circular em Santa Cruz do Rio Pardo, cresce em média 3,2%. São cerca de 1.200 carros, motos, caminhões, caminhonetes, entre outros modelos nas ruas. Nos últimos quatro anos, segundo dados do Ministério dos Transportes, a frota de Santa Cruz cresceu 10%. Passou de 35.328 em 2020, para 38.968 no último ano. Mas o número pode estar subestimado, uma vez que o Departamento Municipal de Trânsito contabiliza 40.285 autos.



O crescente aumento do número de veículos traz à tona a necessidade urgente de investimentos no setor, principalmente no que se refere à construção de vias alternativas de mobilidade, a concretização de projetos para dar mais fluidez ao tráfego já caótico do município, educação no trânsito, entre outros.

PONTOS NEVRÁLGICOS
Santa Cruz está praticamente instalada dentro de três rodovias que cortam a cidade formando um triângulo: A SP-225 (Ipaussu-Bauru), a SP-374, que passa por Ourinhos e Assis, até Presidente Venceslau e a Plácido Lorenzeti que, de um lado leva a São Pedro do Turvo e, de outro, cruzando a cidade, leva até o acesso ao bairro da Estação.

Além de importantes rotas intermunicipais, essas rodovias servem como corredores de acesso a diversos  bairros do município. A SP-225 faz a ligação entre o Centro e a região da Estação, Jardim São João e Parque das Nações. A SP-374 é utilizada como via de acesso entre os bairros da região da Ponte Nova e Parque São Jorge rumo ao Distrito Industrial ou região do Lorenzetti e Jardim Santana.

Ocorre que, com apenas seis saídas, sendo três para a SP-225 e três para a SP-374, a cidade acaba represada e o trânsito se afunila no deslocamento entre bairros causando congestionamentos.

Os pontos nevrálgicos do trânsito de Santa Cruz são: o acesso via ponte do Rio Pardo entre a região central e bairros da Estação e vice-versa; o acesso pela avenida doutor Pedro Camarinha de quem vem do Centro e da região da Vila Saul, e das regiões do Jardim Brasília, Jardim Santana e Lorenzetti, sentido Distrito Industrial e SP-374. Início da manhã e fim da tarde são os piores horários. Tanto o trânsito na região da Estação, quanto o dos bairros centrais, poderiam ser melhorados pelas obras anunciadas pela Prefeitura, já que os motoristas teriam novas opções de acesso. 




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