10 de novembro de 2024
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Centenas de Pessoas prestigiam palestra sobre autismo na Câmara de Santa Cruz



Palestra sobre o espectro do autismo promovida pela Apae de Santa Cruz do Rio Pardo lotou o auditório da Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira (04). A psiquiatra Tamara Mendes abordou a importância da rotina familiar na interação com o autista, o prejuízo do uso excessivo de telas e a terapia medicamentosa mais orientada aos portadores do transtorno.

O evento, organizado em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, reuniu profissionais da Apae e servidores da saúde e da secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Santa Cruz.

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi definido pela Organização das Nações Unidas em 2007 para a compreensão das pessoas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo fundamental a propagação de informação de qualidade. Entender melhor esse transtorno é chave para o fim do preconceito e da discriminação que cercam as pessoas com TEA, as quais apresentam apenas uma forma diferente de agir e encarar o mundo.




Os objetivos são: esclarecer, conscientizar e contribuir para o entendimento do TEA; combater o preconceito e a discriminação; promover inclusão e acolhimento e estimular a busca por diagnóstico e a aceitação do transtorno pelo indivíduo e pelos que com ele convivem.

Segundo especialistas, a sociedade precisa conhecer e incluir no convívio esse grupo de indivíduos que tem um pensamento diferente e um jeito diferente de se portar. O autismo é descrito como o transtorno do neurodesenvolvimento que faz com que a pessoa sinta e vivencie o mundo de uma forma diferente e única.

O TEA é classificado em níveis 1, 2 e 3. E para chegar ao diagnóstico são levados em conta alguns sinais, entre outros, não manter contato visual; não atender quando chamado pelo nome; não usar brinquedos de forma convencional; fazer movimentos repetitivos sem função aparente; não falar ou não apontar para demonstrar o que quer; repetir frases e palavras em momentos inadequados, sem devida função; não compartilhar interesse; não brincar de faz-de-conta e apresentar interesse restrito por um único assunto (hiperfoco).

Esse grupo de indivíduos é defendido pela Lei Federal Berenice Piana (Lei 12.764/2012),  considerada um marco por instituir a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. A legislação estabeleceu que a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.

 

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