Estado repercute busca de soluções para quebra da safra solicitada por produtores de Santa Cruz
A Secretaria do Estado da Agricultura repercutiu em seus canais de comunicação o encontro entre representantes do Governo e a comitiva de produtores rurais de Santa Cruz do Rio Pardo em conjunto com prefeitos da Ummes (União dos Municípios da Média Sorocabana), ocorrido terça-feira (27), em São Paulo. O tema da reunião foi a busca de soluções para a quebra da safra de soja em mais de 20 municípios da região de Santa Cruz.
O Sindicato Rural de Santa Cruz já havia solicitado ao prefeito Diego decreto de situação de emergência para facilitar acesso dos produtores a linhas de crédito para saldar dívidas. Só no município o prejuízo estimado pela quebra da safra é de R$ 139 milhões.
No encontro em São Paulo, a Ummes demonstrou preocupação com a situação das colheitas, altamente prejudicadas por falta ou excesso de chuva, altas temperaturas e tempestades, cenário que deve afetar a economia regional, prejudicando a geração de renda dos municípios e afetando o comércio local.
O Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), órgão ligado à SAA, prevê uma quebra de cerca de 28% na produção de soja na atual safra. Nos últimos anos, São Paulo se tornou um importante produtor do setor, com destaque para regiões no sudoeste do estado, onde o crescimento de área plantada é de mais de 10% em três safras consecutivas. Além da soja, o instituto também estima perdas de 30% na safra do milho e de 22% na de amendoim.
Segundo o presidente da UMMES, Marco Aurélio Pinheiro, que é prefeito de São Pedro do Turvo, produtores que registraram queda de produtividade e até perdas totais da safra, buscaram acesso à crédito com bancos privados.
“Mas os juros estão altos e os agricultores enfrentam problemas financeiros”, afirmou Pinheiro.
Diante dessa situação, a Secretaria de Agricultura sinalizou sobre a importância da decretação do estado de emergência.
“O decreto de situação de emergência é fundamental para embasar os bancos na prorrogação das dívidas dos créditos de custeio e de investimento, liberando saldo para a próxima safra. Estamos cientes dos problemas, ocasionados por diversos fatores, por isso, precisamos responder com ações de curto, médio e longo prazo”, afirmou o coordenador da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Ricardo Pereira.
A parceria entre o Governo do Estado, prefeituras, sindicatos rurais e produtores é fundamental para a prevenção dos efeitos climáticos nos próximos anos. Um manual para que municípios possam seguir decreto de emergência está sendo elaborado com dados sobre o problema da região. Além disso, a compra de equipamentos de estações meteorológicas, que possuem baixo custo para os municípios, foi recomendada, o que dará mais acurácia nos levantamentos, ajudando os produtores para o momento correto de plantar.
“O decreto em conjunto, por meio de consórcio entre os municípios, foi fundamental. Precisamos resolver o problema em conjunto, com cooperação e compromisso. O Governo do Estado já está ciente da situação emergencial e a Secretaria de Agricultura está à disposição dos produtores”, destacou o Professor Milton Carlos Senna, coordenador de Relações Institucionais da Secretaria.
Outro fator fundamental para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, não apenas para a região da Média Sorocabana, mas para todo o Estado, é o aumento da cobertura de seguro rural. No início de fevereiro, o Governo do Estado destinou, por meio da Secretaria de Agricultura, R$ 90 milhões de seguro rural para produtores, volume recorde.
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