23 de novembro de 2024
AgroZ2

Investimento do Mapa em tecnologia desenvolve novas variedades de tomate

Você sabia que com tecnologias sustentáveis são desenvolvidos diferentes tipos de tomate? Em 1º de fevereiro é celebrado o Dia do Tomate e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destaca quais são variedades deste fruto – tão consumido pelos brasileiros – desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Buscando trazer novas tecnologias para o melhor aproveitamento da cultura, a Embrapa Hortaliças desenvolveu um tipo de tomate cereja chamado de BRS Zamir. Entre as características estão o fato dele ter um plantio adaptável, podendo ser plantado organicamente. Além disso, possui a coloração externa vermelha intensa e brilhante e também tem um sabor mais doce.

O destaque para este tomate se deve ao fato de ser um produto desenvolvido nacionalmente, pensado nas condições ambientais do Brasil que permite ao produtor escolher o tipo de plantio.

Além deste, a Embrapa tem outras tecnologias e espécies como o tomate BRS Couto do tipo caqui que possui uma maior longa vida estrutural e com a coloração avermelhada intensa. Outro tipo é o Tomate BRS Montese do tipo italiano que possui maior aroma, cor e sabor que se diferencia dos outros tipos, utilizado para o uso em saladas, molhos e sucos.

O Brasil está entre os maiores produtores de tomates no mundo, sendo Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul os principais estados produtores.

Produção orgânica
O Mapa atua no desenvolvimento de práticas sustentáveis como por exemplo ao incentivo à produção orgânica, por meio de programas e políticas públicas. A Coordenação de Produção Orgânica destaca que os produtores orgânicos de tomate possuem uma escolha variada de tomates para plantar que sejam mais resistentes a doenças.

O auditor fiscal federal agropecuário Eduardo Amaral explica que há uma grande ampliação do cultivo protegido no sistema orgânico de produção de tomate. “O cultivo em estufas permite um melhor controle da umidade do solo e do ar, reduzindo significativamente as doenças. Vários produtores adotam também o telamento das laterais da estufa com telas que não permitem a entrada de insetos. Isso possibilita um ótimo controle das pragas” disse.

Amaral conta que para ser considerado um produto orgânico, o produtor precisa estar regular na legislação de orgânicos. É necessário cumprir com uma série de requisitos ambientais, desde a conservação do solo e da água até a manutenção da biodiversidade. Essas obrigações resultam em um processo produtivo amigável com o meio ambiente. Uma das exigências do processo de regularização é que o local de cultivo do tomate tenha passado pelo período de conversão do sistema convencional para o orgânico, isto é, não pode ter recebido aplicação de agrotóxicos e adubos químicos proibidos para o cultivo orgânico por, pelo menos, um ano.

Também é necessário fazer parte de uma organização de controle social devidamente cadastrada no Ministério para a venda de orgânicos diretamente ao consumidor como feiras livres, entrega em domicílio, venda para programas governamentais, entre outros.

Amaral destaca ainda que os produtos orgânicos garantem ao consumidor qualidade de consumo. “Cabe ressaltar que diversos estudos foram feitos comparando aspectos físico-químicos e nutracêuticos dos tomates orgânicos e convencionais. Dos parâmetros que apresentaram evidências claras em favor do tomate “in natura” ou na forma de molho cabe destacar a presença de compostos antioxidantes, em especial a vitamina C e os compostos fenólicos. Os compostos antioxidantes são importantes na nossa dieta porque combatem os radicais livres que levam ao envelhecimento das células de nosso corpo” afirmou.

Para maior aproveitamento do licopeno, que é o principal antioxidante do fruto, a melhor forma de consumo é por meio dos molhos caseiros e extratos, pois concentram mais o nutracêutico.

Eficiência e sustentabilidade

O Sistema de Produção Integrada Agropecuário da Cadeia Agrícola (PI), criado pelo Mapa, consiste na adequação dos processos produtivos para a obtenção de produtos vegetais e de origem vegetal de qualidade, com níveis de resíduos de agrotóxicos e contaminantes em conformidade com a legislação sanitária, favorecendo o uso de recursos naturais e a substituição de insumos poluentes, garantindo a sustentabilidade e a rastreabilidade da produção agrícola e permite ao produtor a certificação pelo selo oficial “Brasil Certificado”.

A norma técnica para Produção Integrada de Tomate é regida por meio da Instrução Normativa nº 27/2010 e pela Portaria nº 443/2011. Ela é dividida em 17 áreas temáticas que tratam desde a implantação da cultura até a assistência técnica.

A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) destaca que o PI, por meio das boas práticas agrícolas, permite ao produtor a melhora da competividade mercadológica e a renda. O coordenador de Cooperativismo, Associativismo Rural e Agregação de Valor, Nelson de Andrade, ressaltou que esta produção minimiza os riscos climáticos e de perda, reduz os custos de produção, orienta os produtores na etapa de plantio, contribui para a produtividade, dentre outros.

Da Assessoria de Comunicação Mapa

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