Empresas de Marília, Rio Preto e Ribeirão integram lista suja do trabalho escravo
Ministério do Trabalho atualizou a “lista suja” do trabalho escravo no Brasil, incluindo 204 nomes de pessoas físicas e empresas que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão. Ao todo, a lista possui 473 empresas. Minas Gerais é o estado que mais somou registros, com 37 novos empregadores. Em seguida aparece São Paulo, com 32. No interior paulista e na região de Santa Cruz do Rio Pardo, aparecem empresas de Marília, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Jacareí, entre outras cidades. As atividades econômicas listadas nessas cidades estão relacionadas ao cultivo no campo, produção de cerveja e casas de prostituição.
Entretanto, no âmbito nacional as atividades que mais abusam dos trabalhadores segundo a realçao do Ministério do Trabalho são produção de carvão, criação de gado, serviços domésticos, cultivo de café e extração de pedras.
COMO É FEITA A LISTA
Fiscais do Trabalho quando encontram trabalhadores em condições análogas à escravidão elaboram auto de infração. Cada auto gera um processo administrativo, no qual as irregularidades são apuradas e os empregadores têm direito à defesa.
Pessoas físicas ou jurídicas só são incluídas na lista suja quando o processo administrativo que julgou o auto específico de trabalho análogo à escravidão em relação àquele empregador é concluído, com decisão sem possibilidade de recurso.
A atualização da lista feita neste mês de outubro, por exemplo, é relativa a decisões irrecorríveis de casos de trabalho análogo à escravidão identificados pela Inspeção do Trabalho entre 2018 e 2023.
Com apoio do G1